Apesar da associação errônea com o diabo, a Exu é a ponte entre os sentimentos mais humanos e as noções superiores dos orixás. Filhos de Exu são muito dados às paixões e conquistas. São enérgicos, alegres, brincalhões, atraentes, carismáticos. Mesmo que não sejam tão belos como os filhos de Oxum, são magnéticos e têm boa lábia e a capacidade de apaziguar ou instalar a guerra, de acordo com o que pede a situação, mas principalmente, de acordo com o que lhes é feito. A reciprocidade torna o filho de Exu alguém de difícil lida às vezes pois se é ferido, fere, mas se é amado, ama.
Ao encararem um filho de Exu através do jogo de búzios, alguns pais-de-santo preferem adaptar e trocam o orixá para não assustar a pessoa que receberá a informação e isso pode levar a muitas escolhas erradas, mesmo que a intenção seja boa.
Assim como no panteão greco-romano, os orixás afro-brasileiros são bastante semelhantes aos humanos, sendo às vezes vistos como humanos que atingiram a iluminação espiritual, e sua mitologia é bastante rica em tramas que lembram os dramas humanos. Exu é senhor dos princípios, da transformação, muitas vezes da angústia humana mas, principalmente, da comunicação.
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